sexta-feira, 6 de março de 2009

de assalto!

se me puxassem o tapete
seria menos inesperado
porém, mais brusco
não foi (nem brusco nem com tapete)

foi como perder os freios
(que ainda andam perdidos)
e achar-se quilômetros depois
à deriva (tontos de céu e de chão)

e agora, o que fazer?
se passa vento, tempestade?
e se dá medo? (de nada e de tudo)

e se fugir é pior que o medo?
e se os freios não funcionam?
e se as respostas são movimento?

- eis, aí, um porto escondido,
que nos salva do maior receio:
a calmaria (num tudounada)

2 comentários:

Fontes disse...

Putz. Maravilhoso este seu poema. Meu favorito do blog talvez quem sabe.

Tava demorando pra postar coisa nova!

Niña disse...

e se... :)
adorei o post,e o blog, enfim...